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Mestrado Profissional na USP

Logo após a regulamentação do curso de Mestrado Profissional (MP) pela Capes, na época denominado Mestrado Profissionalizante, grupos de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) prepararam propostas de cursos desse tipo e os primeiros foram aprovados no começo do ano 2000. Nesse período inicial foram aprovados 6 cursos, mas apenas dois deles foram oferecidos de forma regular: Engenharia Automotiva e Laser em Odontologia, os quais cessaram as suas atividades ainda na década passada. Havia dúvidas da comunidade acadêmica sobre a finalidade desta capacitação bem como da sua exequibilidade, já que a Capes recomendava que esses cursos não deveriam onerar as instituições públicas, o que implicava para essas instituições ressarcir as despesas dos alunos ou obter recursos de fontes externas.

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação montou, no segundo semestre de 2010, um grupo de trabalho para estudar o assunto. O relatório final desse grupo foi categórico, demonstrando a importância desse tipo de curso, como complementação ao do Mestrado Acadêmico, suprindo lacunas importantes. Sob o ponto de vista do alunato, o grupo destacou que o MP propicia a formação mais aderente às demandas do trabalho e ainda oferece melhor qualificação, conferindo espírito crítico para a tomada de decisões. O grupo também ressaltou a importância do MP para a sociedade, pois prepara profissionais qualificados para a análise crítica da prática do trabalho, fomenta a produção tecnológica e contribui para o desenvolvimento das organizações públicas e privadas, por meio da formação de lideranças e de produtos tecnológicos. Por fim, analisou o retorno institucional para a USP, pois a aproxima das demandas do mundo do trabalho, fortalecendo a interação entre a Universidade e a Sociedade, além disso, contribui para a inclusão de docentes com perfil profissional nas atividades de pós-graduação e amplia o compromisso da Universidade com o pleno exercício de sua responsabilidade social.

Com essas conclusões, o Conselho de Pós-Graduação aprovou uma circular normativa, em 16 de junho de 2011, estimulando a implantação de cursos de MP na USP, frisando que o subsídio a este tipo de curso é recomendado e incentivado, porém ressaltando que esse fator não é limitante para a proposição de novos cursos de interesse da Universidade, isto é, a USP assume, nestes casos, os custos. Mais ainda, na circular, está explicitado que para os docentes participantes que não recebem benefícios complementares, previstos e regulamentados pela USP, a atuação será computada na sua carga horária de trabalho.

A resposta da comunidade foi imediata. Além do MP em Engenharia Automotiva (conceito 4 da Capes) que ainda está ativo, mais três MPs já foram recomendados pela Capes: Hemoterapia e Biotecnologia (conceito 5), Ensino de Matemática (conceito 4) e Tecnologia em Química e Bioquímica (conceito 4). No primeiro semestre deste ano, mais 11 propostas de novos cursos de MP foram enviadas à Capes e várias outras estão em preparação, aguardando um novo edital da Agência.

Em resposta a essa disposição da comunidade acadêmica, o Conselho de Pós-Graduação, através de uma Resolução publicada em 2 de julho de 2012, criou um programa de apoio ao cursos de MP, que não possuem subsídio externo, para que eles se desenvolvam adequadamente, mantendo o padrão de qualidade exigido pela USP.

Prof. Vahan Agopian, atual Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da USP,
ex-diretor do IPT, ex-diretor da Escola Politécnica da USP
e ex-coordenador das Engenharias I

Fonte: Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP
Circular Normativa CoPGR 01/2011, de 16 de junho de 2011.

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